Ae moçada, abaixo está mais um texto para leitura e fichamento e um vídeo mais abaixo.

Atividades sobre o texto serão feitos em sala de aula.

Bons estudos!!!!

 

Orientações e datas:

1º E.M (A) 237 - Guararapes - Visto dia 29/10/2012

1º E.M (A) 148 - Birigui - Visto dia 26/10/2012.

 

 

 

 

Renascimento Comercial e Urbano.

     A Idade Média, segundo os historiadores, é um período compreendido entre os anos de 476 a 1453, ou seja, do século V ao século XV. Costuma-se também dividi-la em dois grandes períodos, A Alta Idade Média (séculos V ao X) e a Baixa Idade Média (séculos XI ao XV).

     É comum chamarmos a Idade Média de Idade das Trevas devido ao pouco avanço cultural, científico produzido nestes quase mil anos e também a economia que esteve praticamente estagnada, graças às populações que viviam nos feudos, cercadas e isoladas umas das outras com uma produção autossuficiente. Também é normal pensar que o comércio praticamente desapareceu no período medieval.

     Na verdade, porém, devemos lembrar que durante todo esse período, continuaram a existir os artesãos (ferreiros e construtores de máquinas, por exemplo), comerciantes e negociantes. As pessoas não deixaram de adquirir certos equipamentos fundamentais à prática da agricultura (como enxadas e arados), que eram, portanto, fabricados e comercializados. Ainda que essas atividades de comércio tenham sido bastante restritas, em uma Europa separada por feudos e ameaçada por guerras entre os povos do continente, isso não significa que elas tenham desaparecido.

 

 

O auge do feudalismo aconteceu durante a Alta Idade Média. A partir do século XI, tudo mudou. O comércio ganhou novo impulso e as cidades cresceram. Do século XI ao XIII, a Europa Ocidental viveu um período de relativa paz. Entre os fatores que contribuíram para isso, destacam-se:

O desenvolvimento agrícola: com a ocupação de novas áreas, surgimento de novas culturas e o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas que aumentaram a produtividade;

 

•O crescimento populacional: devido a uma época de relativa paz, já que os ataques de um reino a outro haviam diminuído bastante. Essa queda no número de conflitos foi responsável por um considerável aumento populacional. Em 300 anos a população da Europa cresceu de 8 milhões para 26 milhões de habitantes. Isso gerou um excedente populacional, que começou a necessitar de mais espaço e a expandir-se para fora dos feudos;

 

•Surgimento de uma nova classe social: comerciantes, negociantes e artesãos que viviam constantemente de um lugar a outro, fixaram residências em volta dos feudos onde surgiram vilas cercadas por muralhas chamadas de burgos. Os habitantes dos burgos passaram a ser conhecidos como burgueses e ao longo dos séculos, essa denominação passou a denominar os comerciantes e os homens ricos (burguesia);

 

 

•Renascimento das cidades: com o aumento demográfico na Europa, a população dos burgos foi crescendo também. Isso se dava porque muitos servos acabavam por fugir dos feudos para escapar das imposições da relação servil. Ou ainda, porque aqueles servos que mais causavam problemas aos seus senhores eram expulsos de suas terras, indo engrossar a população das vilas. Assim, essas pequenas localidades começaram a crescer e se tornar importantes concentrações de trabalhadores livres e comerciantes, onde passaram a ser organizadas feiras permanentes, como as feiras de Champagne (França), Flandres (Bélgica), Gênova e Veneza (Itália) e Colônia e Frankfurt (Alemanha);

 

•As Corporações de Ofício: o aumento da liberdade política e econômica foi propiciando o aprimoramento do trabalho urbano. Os artesãos, que faziam os produtos consumidos pelos europeus, passaram a ser organizar em entidades para além de suas cidades. Para isso, formaram as guildas e as corporações de ofício. As corporações tinham como objetivo defender os interesses dos artesãos, regulamentar o exercício da profissão e controlar o fornecimento do produto. Elas também dirigiam o ensino artesanal, que se dividia em três estágios: aprendiz, oficial e mestre;

 

 

•Cruzadas: com a justificativa de expulsar os muçulmanos da Terra Santa onde havia perseguição aos cristãos que visitavam o lugar onde Jesus Cristo viveu, a Igreja Católica convocou os cristãos europeus a formar expedições militares para combater os “infiéis”. Entre os séculos XI e XIII, graças ao apoio de nobres, desejosos de formar reinos aumentando seus lucros e uma grande massa de desocupados urbanos que se formavam, foram realizadas 8 cruzadas quase todas elas se constituindo em um enorme fracasso e perda de milhares de vidas. No entanto essas expedições que atravessaram o continente europeu cruzaram os mares e chagaram a outros continentes, possibilitando também a abertura de novas rotas comerciais e contato com outros povos e culturas.

 

O término das Cruzadas contra os muçulmanos coincidiu com o início de uma série de crises, que indicavam o esgotamento do feudalismo. Essas crises dos séculos da depressão (XIV e XV) foram a crise econômica com a queda da produção agrícola gerando fome, a peste negra que matou um terço da população europeia, a crise religiosa dentro da igreja Católica que chegou a ter dois papas e a crise política com conflitos internos entre os senhores feudais, causando grande insegurança que prejudicava as atividades comerciais e também guerras entre nações como a guerra dos cem anos entre a Inglaterra e a França.

 

As consequências dessa multiplicação de guerras na Europa Ocidental foram muitas. Diversas cidades foram saqueadas e inúmeras plantações devastadas. A desorganização da produção provocou crise de abastecimento e alta do preço de alimentos. A insegurança prejudicou a atividade comercial.

 

Para recuperar o prestígio e o poder e superar os senhores feudais, os burgueses se tornam aliados dos reis. Surgem então as Monarquias Nacionais. Através da parceria, reis e burgueses tornam-se responsáveis por questões relacionadas a evolução do comércio, questões jurídicas, organização para a cobrança de impostos entre outras.

 

Além de um novo sistema político mais centralizado e comandado pela figura real, surge também um novo sistema econômico que vai beneficiar e muito a classe burguesa. Ele é o capitalismo.

 

Fonte: www.fazendohistorianova.blogspot.com

 


 Para os alunos do 1º Ano do E.M. do C.E. 148 - Birigui e C.E. 237 - Guararapes turma A.

 

Segue abaixo um texto sobre o Islamismo e os vídeos da série "Grandes Civilizações" logo abaixo. Leiam o texto e resumam no caderno em forma de fichamento, e se quiserem poderão assistir novamente ao vídeo.

 

Datas do Visto:

1º E.M (A) - 237 Guararapes: 29/10/2012

1º E.M (A) - 148 Birigui: 26/10/12

 

 

Resumo sobre o Islamismo

É uma religão e um projeto de organização da sociedade expresso na palavra árabe islã, a submissão confiante a Alá (Allah, em árabe - Deus, ou "a divindade", em abstrato). Seus seguidores chamam-se muçulmanos (muslimun, em árabe): os que se submetem a Deus para render-lhe a honra e a glória que lhe são devidas como Deus único. Fundado por Maomé, o islamismo reúne hoje cerca de 850 milhões de fiéis e é a religião que mais cresce em todo o mundo.

          Maomé (570 d.C.-632 d.C.) (corruptela hispânica de Mohammed, nome próprio derivado do verbo hâmada e que significa "digno de louvor") nasce em Meca na tribo árabe coraixita, e trabalha como mercador. Segundo a tradição, aos 40 anos recebe a missão de pregar as revelações trazidas de Deus pelo arcanjo Gabriel. Seu monoteísmo choca-se com as crenças tradicionais das tribos semitas e, em 622, Maomé é obrigado a fugir para Iatribe, atual Medina, onde as tribos árabes vivem em permanente tensão entre si e com os judeus. Maomé estabelece a paz entre as tribos árabes e com as comunidades judaicas e começa uma luta contra Meca pelo controle das rotas comerciais. Conquista Meca em 630. Morre dois anos depois, deixando uma comunidade espiritualmente unida e politicamente organizada em torno aos preceitos do Corão.

          Comunidade do Islã - A fuga de Maomé de Meca para Medina, em 622, chamada hégira (busca de proteção) marca o início do calendário muçulmano e indica a passagem de uma comunidade pagã para uma comunidade que vive segundo os preceitos do Islã. A doutrina do profeta e a idéia de comunidade do Islã (al-Ummah) formam-se durante a luta pelo controle de Meca: todos os muçulmanos são irmãos e devem combater todos os homens até que reconheçam que só há um Deus.

          Corão - Livro sagrado do islamismo, o Alcorão (recitação) é revelado a Maomé pelo arcanjo e redigido ao longo dos cerca de 20 anos de sua pregação. É fixado entre 644 e 656 sob o califado de Uthman ibn Affan: são 6.226 versos em 114 suras (capítulos). Traz o mistério do Deus-Uno e a história de suas revelações de Adão a Maomé, passando por Abraão, Moisés e Jesus, e também as prescrições culturais, sociais, jurídicas, estéticas e morais que dirigem a vida individual e social dos muçulmanos.

          Suna - A segunda fonte doutrinal do islamismo. É um compêndio de leis e preceitos baseados nos ahadith (ditos e feitos), conjunto de textos com as tradições relativas às palavras e exemplos do Profeta.

          Deveres dos muçulmanos - Todo muçulmano deve prestar o testemunho (chahada), ou seja, professar publicamente que Alá é o único deus e Maomé é seu profeta; fazer a oração ritual (salat) cinco vezes ao dia (ao nascer do Sol, ao meio-dia, no meio da tarde, ao pôr-do-sol e à noite), voltado para Meca e prostrado com a fronte por terra; dar a esmola legal (zakat) para a purificação das riquezas e a solidariedade entre os fiéis; jejuar do nascer ao pôr-do-sol, durante o nono mês do calendário muçulmano (Ramadan); e fazer uma peregrinação (hadjdj) a Meca ao menos uma vez na vida, seja pessoalmente, se tiver recursos, ou por meio de procurador, se não tiver.

          Festas islâmicas - A Grande Festa ou Festa do Sacrifício (Eid Al-Adha) é celebrada no dia 10 do mês de Thul-Hejjah (maio/junho). A Pequena Festa (Eid Al-Fitr), celebrada nos três primeiros dias do mês de Shaual (março/abril), ao final do jejum do mês de Ramadan , comemora a revelação do Alcorão. Celebra-se ainda a Hégira, o Ano-novo do calendário muçulmano, no dia 1º do mês de Al-Moharam (junho/julho), e o aniversário de nascimento do Profeta, no dia 12 do mês de Rabi'I (agosto/setembro).

Calendário muçulmano - Mede o ano pelas 12 revoluções completas da Lua em torno da Terra e é, em média, 11 dias menor do que o ano solar. A hégira, fuga de Maomé de Meca, marca o Ano-novo.

 

Divisões do Islamismo.

 

          Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos, os sunitas e os xiitas. Essas tendências surgem da disputa pelo direito de sucessão a Maomé. A divergência principal diz respeito à natureza da chefia: para os xiitas, o líder da comunidade (imã) é herdeiro e continuador da missão espiritual do Profeta; para os sunitas, é apenas um chefe civil e político, sem autoridade espiritual, a qual pertence exclusivamente à comunidade como um todo (umma). Sunitas e xiitas fazem juntos os mesmos ritos e seguem as mesmas leis (com diferenças irrelevantes), mas o conflito político é profundo.

        Sunitas - Os sunitas são os partidários dos califas abássidas, descendentes de all-Abbas, tio do Profeta. Em 749, eles assumem o controle do Islã e transferem a capital para Bagdá. Justificam sua legitimidade apoiados nos juristas (alim, plural ulemás) que sustentam que o califado pertenceria aos que fossem considerados dignos pelo consenso da comunidade. A maior parte dos adeptos do islamismo é sunita (cerca de 85%). No Iraque a maioria da população é xiita.

        Xiitas - Partidários de Ali, casado com Fátima, filha de Maomé, os xiitas não aceitam a direção dos sunitas. Argumentando que só os descendentes do Profeta são os verdadeiros imãs: guias infalíveis em sua interpretação do Corão e do Suna, graças ao conhecimento secreto que lhes fora dado por Deus. São predominantes no Irã e no Iêmen. A rivalidade histórica entre sunitas e xiitas se acentua com a revolução iraniana de 1979 que, sob a liderança do aiatolá Khomeini (xiita), depõe o xá Reza Pahlevi e instaura a República islâmica do Irã.

       Outros grupos - Além dos sunitas e xiitas, existem outras divisões do islamismo, entre eles os zeiitas, hanafitas, malequitas, chafeitas, bahais, sunitas, hambaditas. Algumas destas linhas surgem no início do Islã e outras são mais recentes. Todos esses grupos aceitam Alá como deus único, reconhecem Maomé como fundador do Islamismo e aceitam o Corão como livro sagrado. As diferenças estão na aceitação ou não da Suna como texto sagrado e no grau de observância das regras do Corão.

 

Retirado do site: https://www.libanoshow.com/home/cultura_arabe/resumo.htm


 
 

 


Texto para leitura, estudo e fichamento para ser feito de tarefa pelos 1º's Anos do Ensino Médio do CE 237 - Guararapes e CE 148 - Birigui. As respectivas datas dos "vistos" serão combinados com cada sala na própria aula.

 

Bons estudos!!!

  

A Idade Média e o Feudalismo

 

     A insegurança provocada pelas invasões dos séculos IX e X levou os europeus ocidentais a procurar refúgio no campo, caracterizando um processo de ruralização. Isso provocou um enfraquecimento do poder central dos antigos reinos germânicos e ao mesmo tempo, fortaleceu o poder local. O comércio também foi dificultado pela insegurança geral. Essas condições possibilitaram transformações no modo de vida das sociedades europeias, que levaram a origem do sistema feudal ou feudalismo.

 

     As instituições feudais originaram-se de elementos romanos e germânicos. Da herança romana podemos destacar:

Colonato: É um sistema de trabalho em que escravos e plebeus pobres passaram a trabalhar como colonos para um grande Senhor de terra. O grande proprietário oferecia terra e proteção aos colonos. Com isso foram criadas as vilas (unidades econômicas) com produção agropastoril destinada ao autoconsumo. As cidades perderam importância devido ao surgimento das vilas;

 

Fragmentação Política: No final do período imperial, a administração romana não tinha condições de impor sua autoridade em todas as regiões. Com o enfraquecimento do poder central, os grandes proprietários de terra foram ampliando seus poderes locais.

 

     Da herança germânica destacam-se:

Economia Agropastoril: A base da economia germânica era a agricultura e a criação de animais, sem a preocupação de produzir excedentes para a comercialização;

 

Comitatus: Instituição social que estabelecia laços de fidelidade entre o chefe militar e seus guerreiros;

 

Beneficium: Os chefes militares germânicos costumavam recompensar seus guerreiros concedendo-lhes possessões de terra, que foram chamadas mais tarde de feudos (feudo=terra). Em troca, o beneficiado oferecia fidelidade, trabalho e ajuda militar ao senhor. Esse sistema ficaria conhecido como suserania e vassalagem. De modo geral, intitulava-se Suserano, o nobre que concedia feudos a outro nobre. Este último por sua vez era chamado de Vassalo. (ver imagem 2).

 

     O sistema feudal dominou durante um longo período de tempo, em toda a Europa Ocidental. Por se estender a uma área tão grande não foi idêntico em todos os lugares. Mas há características comuns como o enfraquecimento do poder real ou central, o fortalecimento dos poderes locais, a existência de fidelidade e proteção (suserania e vassalagem), uso generalizado do trabalho servil no campo, declínio das atividades comerciais urbanas e fortalecimento da vida rural.

     A sociedade feudal era dividida em três ordens principais ou estamentos:

Nobreza: Eram os senhores de terra e suas famílias, que se dedicavam às atividades militares, Em tempos de paz, os nobres caçavam e participavam de torneios que serviam de treinos para a guerra. Constituíam-se de Duques, Marqueses, Condes, Viscondes, Barões e Cavaleiros;        

Clero: Eram os membros da Igreja Católica como padres, monges, bispos, abades e cardeais. A Igreja era grande proprietária de terra e tinha grande influência política e ideológica;       

Servos: Eram a maioria da população. Constituíam-se de camponeses que realizavam todos os trabalhos necessários à subsistência da sociedade. Eles tinham uma série de restrições à liberdade, poderiam ser vendidos, trocados ou dados pelo seu senhor. Porém eram diferentes dos escravos clássicos, pois tinham reconhecimento de sua condição humana, podiam ter bens e recebiam proteção de seu senhor.

     Além destes três estamentos, haviam os vilões, que eram homens livres que trabalhavam para os senhores feudais, mas não eram presos à terra e pequenos mercadores e artesãos.

     A economia era autossuficiente, ou seja, tudo que se produzia era para consumo próprio do feudo não havendo excedentes. Baseava-se na agricultura e pecuária. Como não havia moedas, era usado um sistema de trocas de mercadorias entre os habitantes com compensações em caso de um produto de maior valor.         

     Geralmente as terras dos feudos dividiam-se em:        
Manso Comunal: Eram terras de uso comum. Compreendiam em bosques e pastagens. Nessas terras os servos recolhiam madeiras e soltavam animais para pastar;        

Reserva Senhorial: Eram terras que pertenciam exclusivamente ao senhor feudal e era onde se localizavam o moinho, os fornos, o estábulo e a capela; 

Manso Servil: Eram terras utilizadas pelos servos. Destas terras eles retiravam seu sustento e os recursos para cumprir as obrigações servis. ( ver imagem 3).

 

     Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

     A guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval. A residência dos nobres eram castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de proteção. (ver imagem 1).

 

     A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

     A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião. Podemos dizer que, em geral, a cultura e a arte medieval foram fortemente influenciadas pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

 

     O trabalho era feito por servos – camponeses sem propriedade da terra e sem remuneração. Recebiam do senhor um pedaço de terra para cultivar e daí retiravam todo o seu sustento. Além de obedecer às ordens do senhor, o servo devia cumprir uma série de obrigações feudais. As principais eram:

 

• a corvéia: cultivar a terra do senhor durante um certo número de dias por semana e fazer todo o serviço necessário no feudo e no castelo: reparar as muralhas, limpar chaminés e fossas, construir pontes e estradas, limpar canais etc.;

• a talha: entregar ao senhor uma parte do que produzia (cereais, ovos, leite, lã, mel etc.);

• as banalidades: pagar em produtos para usar as instalações do feudo (celeiro, forno, moinho etc.).

 

     Os servos não eram livres, pois não podiam abandonar o feudo e deviam obediência total ao senhor. Mas também não eram escravos, pois não pertenciam ao senhor; não podiam ser vendidos nem comprados.

   

     No século X o feudalismo atingiu o seu auge tornando-se uma forma de organização vigente em boa parte do continente europeu. A partir do século seguinte, o aprimoramento das técnicas de produção agrícola e o crescimento populacional proporcionaram melhores condições para o reavivamento das atividades comerciais. Os centros urbanos voltaram a florescer e as populações saíram da estrutura hermética que marcou boa parte da Idade Média.